1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Alunas: Francieli Staub, Chaiane Yasmin da
Rosa, Allana Geske e Ana Leticia Sehn.
Professora Orientadora: Cilvane Adriane
Marotz
Disciplina: História
Ano: 7° ano, turma 72.
Escola: E.E.E.M. Nossa Senhora do Rosário
Local: Santa Cruz do Sul/RS
Data: Setembro de 2016
2. PROBLEMA
Por
que o sanatório Kaempf parou de atender pessoas com transtornos psiquiátricos?
3.
JUSTIFICATIVA
A professora lançou a proposta de projetos nas
aulas de História e Geografia para que escolhêssemos um tema que gostaríamos de
aprofundar. Nós nos reunimos em grupos e escolhemos o tema, Sanatório Kaempf.
Escolhemos esse tema porque sabemos da existência dele e que o mesmo parou de
atender pessoas com transtornos psiquiátricos.
4. OJETIVOS
- Fazer um levantamento histórico sobre o
sanatório Kaempf (Data de fundação e encerramento das atividades);
- Descobrir porque o sanatório encerrou suas
atividades;
- Tentar saber onde as pessoas com
transtornos psiquiátricos são atendidas hoje eu dia;
- Conseguir imagens e informações sobre a
época em que o Sanatório estava funcionando e o que ainda existe sobre ele, hoje
em dia.
5. METODOLOGIA
- Pesquisa na internet sobre os conceitos de
sanatório, manicômio e hospital psiquiátrico e também sobre alguns métodos de
tratamentos praticados nestes locais;
- Entrevista com os responsáveis pelo antigo
sanatório que conheçam a história do mesmo;
- Visita as antigas dependências do Sanatório
a fim coletar imagens do local.
6. REFERENCIAL
TEÓRICO
Quando falamos em sanatório
estamos nos referindo a uma casa de saúde ou clinica, dependendo de que país
estamos falando, voltado para o tratamento de várias doenças: da tuberculose á outras.
No artigo do sit de conceito
“Um sanatório é um centro de saúde que, de
acordo com o país, pode ser especializado em diferentes assuntos. Trata-se de
um lugar onde os pacientes que sofrem diversos transtornos e doenças são
atendidos e podem submeter-se a diversos tratamentos.” (2016).
Já o termo manicômio “surge a partir do século XIX e designa mais
especificadamente o hospital psiquiátrico, já com a função de dar um
atendimento médico sistemático e especializado” (História dos manicômios,
2016).
Percebe-se que ambos os termos
eram usados para se referir ao local onde as pessoas com os mais variados tipos
de transtornos e ou problemas de saúde eram tratados.
Nos sanatórios, os métodos
de tratamentos foram variados como a clinoterapia e a hidroterapia. A
clinoterapia
“pautava-se,
basicamente, pela manutenção constante do alienado no leito. Se necessário com
a utilização de sedativos, mas não se utilizava camisas de força ou outros
meios de contenção, ainda que seja mantido um rigoroso controle a partir da
vigilância.” FATURE, P.108).
Já na hidroterapia “os
banhos cumpriam uma tripla função: tratar algumas doenças específicas, sedar e
acalmar e ainda, conter os pacientes” (FATURE, P. 110).
No entanto, também eram
usadas terapias biológicas dos mais variados tipos como eletrochoques, provocar
febre no paciente para obter alguma melhora no quadro mental, entre outros.
Conforme
“as
terapias piretógenas, as convulsivantes e as comatosas, mais especificamente a
malarioterapia – também chamada de Método Von Meduna, a insulinoterapia –
conhecida como Método de Sakel e a Eletroconvulsoterapia – o eletrochoque para
leigos, ou Cerletti para os psiquiatras” (FATURE, P. 112).
Mas, os métodos de
tratamentos terapêuticos também consistiam em isolar o paciente, deixá-lo sem
alimentação ou sem dormir por exemplo.
“Eram correntes as práticas de sangria, de
isolamento em quartos escuros, de banhos de água fria, além dos aparelhos que
faziam com que o paciente rodopiasse em macas ou cadeiras durante horas para
que perdesse a consciência”. (História dos manicômios, 2016).
Deste modo, pode-se dizer
que os manicômios ou sanatórios ou ainda, hospitais psiquiátricos, era um
deposito de gente com os mais variados problemas: da tuberculose á distúrbios
mentais. Eram internados nessas casas de saúde como “loucos”, recebendo os mais
variados tipos de tratamentos e terapias.
7.
ANÁLISE DE DADOS
Entrevista com o senhor Ivo Kaempf, atual
proprietário do Sanatório Kaempf.
Na primeira casa quadrada,
logo na chegada, teve início a atividade do Sanatório, em 15 de novembro de
1879. Depois que teve início à atividade, (nessa época ainda não atendiam “gente
nervosa”), tratavam de pessoas com reumatismo, que era aplicado água e barro em
partes localizadas do corpo.
Hoje o sanatório virou uma
pousada, pois seu Ivo Kaempf teve que fechar o mesmo por denúncias de cárcere
privado. Antes de fechar, a clínica atendia drogados e pessoas “nervosas”, por
isso na parte dos fundos foram colocadas grades. Como a psiquiatria não anda
junto com a filosofia, quando as pessoas chegavam para fazer estágio criticavam
o tratamento. Com o tempo elas viram que na parte de trás do prédio havia
grades e tinha partes que os mais doentes ficavam “presos“. Foi isso que os
estudantes denunciaram. Mesmo que não fosse por essas denúncias, o Sanatório
não estaria aberto hoje em dia, porque hoje os hospitais psiquiátricos são as
piores coisas que tem.
Na época de seu
funcionamento, o Sanatório era aberto para a família visitar os pacientes, eles
podiam tomar banho de rio e tinha bar. As pessoas ficavam por vontade própria e
assinavam um termo e se não era por vontade própria, o termo ia para o juiz
assinar. E é a firma mais velha de Santa Cruz do Sul. Também mudou de nome
várias vezes durante o tempo em que esteve funcionando.
Em quanto o sanatório ficou
aberto passaram por lá cerca de 60 mil pacientes. O sanatório foi construído por
partes, levando 15 anos para ficar pronto. Os doentes nos domingos eram levados
de carruagem para as igrejas católicas e evangélicas. A palavra sanatório era
mais usada para se referir as pessoas com tuberculose, que ficavam numa
construção no mato onde ficavam pelados tomando banho de sol.
Hoje em dia, boa parte onde
fica o loteamento Novo Horizonte eram terras da propriedade do Sanatório. As
terras tiveram que ser vendidas porque entrou um novo sócio no Sanatório que,
tempos depois acabou falindo.
8.
CONCLUSÃO
Descobrimos
com esse projeto que sanatório, manicômio e hospital psiquiátrico são sinônimos
e muito usados quando se refere ao tratamento de pessoas com algum tipo de
transtorno mental e ou respiratório, como a tuberculose.
Quanto
ao Sanatório Kaempf, que é o objeto de nossa pesquisa, descobrimos que no local
funciona hoje uma pousada. Isso justifica o fato de o local ser bem organizado
e limpo. E, ao longo de seu funcionamento mudou de nome algumas vezes.
O Sanatório
foi fundado em 15 de novembro de 1879 e encerrou suas atividades no ano de
1999. O motivo pelo qual o sanatório encerrou suas atividades foi em função de
denúncias que estagiários que vinham ao local fizeram. Isso porque constatavam que
o tratamento que os pacientes recebiam era diferente daquilo que deveriam
receber.
Os tipos
de doenças tratadas no sanatório foram as mais variadas como reumatismo,
tuberculose, viciados e pessoas “nervosas”. Os tratamentos também foram
variados como o uso de lama, banhos gelados e de Sol e isolamento. Mas, o que mais
chamou nossa atenção foram salas com grades nas janelas onde não foi permitido
a nossa entrada. Segundo o Sr. Ivo, nestas salas estão guardados equipamentos
utilizados com os pacientes, na época de seu funcionamento.
Hoje
em dia as pessoas que precisam de algum atendimento especializado para se
tratar são atendidas em hospitais comuns.
Quanto
à área do sanatório, descobrimos que as terras onde está localizado o
loteamento Novo Horizonte, as terras que vai da entrada Rio Pardinho até o
início da reta da estrada de Rio Pardinho pertencia a família Kaempf.
Concluindo,
descobrimos coisas que nunca poderíamos imaginar que pudesse existir. Também
foi necessária muita dedicação e pesquisa para desenvolver esse projeto.
9. Referências Bibliográficas:
- FATURE, Fábio,
Rosa. O Sanatório São José: O poder e as práticas da psiquiatria em uma
instituição privada – Porto Alegre/ RS (1934-1954). Disponível em https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/139363/000989779.pdf?sequence=1
Acessado em 10/09/2016.
- História dos
manicômios. Disponível em: http://www.comciencia.br/reportagens/manicom/manicom8.htm
Acessado em 30/08/2016.
Parte frontal do Sanatório
Parte interna (corredor)
Área de lazer
Antigo bloco cirúrgico
Açude usado para banho
Corredor externo
Área de lazer
Sala de enfermagem
Antigo bloco cirúrgico
Açude usado para banho
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